Até a segunda metade da década de 1960, o mercado para motocicletas no Brasil era muito limitado. Só em 1968 o governo autorizou as importações, mas as alíquotas eram muito elevadas. Uma das primeiras apostas no mercado brasileiro concretizou-se no dia 26 de outubro de 1971, quando começou a funcionar a Honda Motor do Brasil Ltda., responsável pela importação e distribuição dos produtos Honda no País.
Em 1974, a Honda comprou um terreno de 1 milhão e 700 mil metros quadrados em Sumaré, no interior do estado de São Paulo, para instalar uma fábrica de motocicletas. Só que, um ano depois, o governo proibiu a importação de motocicletas e o efeito foi drástico.
Não havia alternativa, era hora de começar a produzir motocicletas no Brasil. Daí que a Honda resolveu antecipar antecipou seu projeto de fabricar motocicletas no Brasil e construiu sua fábrica em Manaus. A maior vantagem para a fábrica era o fato de Manaus ser uma zona franca, ou seja, isso permitia importar equipamentos de alta tecnologia do Japão com custos reduzidos em relação aos produzidos no Brasil.
A Honda lançou vários modelos novos: o primeiro foi a CG 125 e depois vieram vários outros. Em 1977 já eram fabricadas 34 mil motocicletas no mercado nacional e a Honda respondia por 79% desse total. No início da década de 80, a produção nacional média anual atingiu 185 mil unidades.
Em 1981, foi produzida a primeira motocicleta movida a álcool no mundo, na fábrica de Manaus. No mesmo ano, é constituído o Consórcio Nacional Honda.
Em 1995, a Moto Honda da Amazônia conquista o certificado ISO 9002, que reconhece a qualidade na fabricação de seus produtos com a mais alta tecnologia e alto padrão de qualidade.
Animada com as perspectivas do Brasil, a Honda decide realizar um sonho antigo: construir uma fábrica de automóveis no terreno que mantinha há mais de 20 anos em Sumaré. Em 3 de junho de 1996 começam as obras da nova fábrica, que foi inaugurada em 06 de outubro de 1997, com capacidade para produzir 15 mil unidades do modelo Civic Sedan por ano. Também em 1996 a Honda atingiu a marca de 2 milhões de motocicletas produzidas no Brasil.
Em 02 de março de 1998 foi inaugurado o Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), em Indaiatuba, São Paulo, onde são realizados cursos de formação de Instrutores – para pilotos de motocicletas e quadriciclos –, e pilotagem On e Off-road, palestras educativas e test-drives, dirigidos para motociclistas profissionais de órgão públicos e empresas privadas.
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Em fevereiro de 2005, o Honda Fit passou a contar também com a motorização de 1.5 litros, adicionando potência e mais esportividade a um conjunto de sucesso. Em março do mesmo ano, a Honda lançou a nova CG 125 Fan, uma motocicleta básica e acessível, que oferece atributos como qualidade, resistência, economia e baixo custo de manutenção. No mesmo ano, a Honda atingiu a marca histórica de 7 milhões de motocicletas produzidas no Brasil. Atualmente a fábrica da Honda Automóveis, localizada em Sumaré (SP), possui instalações que ocupam 180 mil m2 de área construída, em um terreno de 1 milhão e 700 mil m2. Nela, o sedan Honda Civic é produzido com um índice de nacionalização de 80% e o Honda Fit, com 70% de nacionalização. Já a fábrica da Moto Honda, em Manaus (AM), conta com uma área construída de 135 mil m2, em um terreno de 564 mil m2, representando o maior investimento no pólo industrial de Manaus. Hoje são fabricadas aproximadamente 3.600 motocicletas por dia, incluindo uma linha diversificada de modelos que vão desde 100 cc até 600cc. O índice de nacionalização da CG 150 Titan é de 95% e o índice médio de todos os modelos é de 70%. |
HONDA VFR 1200
No ano em que a Honda completa 40 anos de atuação no mercado brasileiro bem como os 35 anos de atividades da fábrica em Manaus, o presente é o lançamento VFR 1200F.
Desde a década de 70 a Honda, além da linha de motocicletas de baixa cilindrada de uso geral, também investe no segmento de média e alta cilindrada aqui no Brasil. Prova do sucesso dessa iniciativa é a escolha da lendária CB 750 como a “Moto do Século”.
Na década de 80, a Honda foi pioneira em produzir no Brasil modelos de média e alta cilindrada, com destaque para a CB 400 e a histórica CBX 750 F (1ª motocicleta produzida no Brasil com motor quatro cilindros, DOHC).
Nos anos 90, com a abertura do mercado nacional para a importação, o consumidor passou a ter acesso a produtos da mais alta tecnologia, como CBR 600F, CBR 900RR e CBR 1100XX Super Blackbird (1ª motocicleta a ultrapassar a barreira dos 300 km/h).
Já no século XXI, a Honda diversificou seu line-up para atender diferentes segmentos e passou a comercializar modelos como VTX 1800C, CB 1300 Super Four, XL 1000V Varadero e a GL 1800 Gold Wing, única motocicleta do mundo a contar com sistema de airbag.
Segundo a Honda, a VFR 1200F é uma motocicleta totalmente inovadora. Reunindo tecnologia, conforto com esportividade e vocação estradeira.
Um de seus grandes diferenciais é a transmissão automática de dupla embreagem (DCT – Dual Clutch Transmission), inédita em âmbito mundial para motocicletas. O sistema automático (AT) ou o modo manual (MT). Ao toque do comando esquerdo, o piloto pode realizar trocas de marchas conforme sua necessidade.
A VFR 1200F foi inspirada na motocicleta conceito V4, apresentada no Intermot Bike Show de Colônia na Alemanha em 2008
O motor é compacto e a otimização do espaçamento entre os cilindros permitiram baixar a altura do assento tornando mais fácil para que o motociclista apóie os dois pés no chão.
O formato do tanque de combustível dá mais apoio ao motociclista, permitindo o perfeito encaixe de suas pernas e uma posição de pilotagem ergonômica, ampliando o controle.
A carenagem frontal está em harmonia com o tanque, oferecendo proteção eficiente, tanto para o piloto quanto para o garupa. Os comandos e interruptores foram posicionados para oferecer perfeita ergonomia, praticidade e fácil pilotagem.
A carenagem é em duas camadas (Double Layer), patenteada pela Honda, e cria um fluxo de ar interno que proporciona melhor aerodinâmica e estabilidade em altas velocidades. Além disso, suas fixações não são visíveis, deixando-a com uma superfície “limpa” e sem pontos de resistência ao ar.
O fluxo de ar passa entre as camadas, pelas duas aberturas da carenagem dianteira, e é canalizado ajudando assim no arrefecimento do motor, fazendo com que a saída do ar quente fique distante do piloto e do garupa.
O painel de instrumentos consiste de conta-giros analógico, dois displays digitais que mostram o velocímetro, os indicadores de nível do combustível, temperatura do líquido de arrefecimento, o consumo de combustível além de um relógio, indicador da temperatura ambiente, do sistema HISS e do ABS.
A VFR 1200F é impulsionada por um motor de quatro cilindros em V a 76º, de quatro tempos, refrigeração líquida, com 1237 cm3, que desenvolve potência máxima de 172,7 cv a 10.000 rpm e torque de 13,2 kgf.m a 8.250 rpm. O propulsor foi concebido para atingir altas velocidades, com entrega de potência progressiva e confortável. O motor dispõe de torque já em baixas rotações, com 90% desse disponível a partir de 4000 rpm.
O motor é extremamente compacto, devido à adoção do sistema UNICAM, que utiliza apenas um comando de válvulas por cabeçote, ao invés de dois. As válvulas de admissão são acionadas por cames (ou ressaltos) e as válvulas de escape, via balancins roletados, objetivando compactação e redução de peso do motor.
O modelo é equipado com a primeira transmissão de dupla embreagem totalmente automática do mundo para motocicletas de grande cilindrada.
O novo sistema possui desenho leve e compacto. Mecanicamente, é semelhante às transmissões de dupla embreagem instaladas nos automóveis, que possuem mais espaço para sistemas de maiores dimensões. No entanto, numa motocicleta o espaço é limitado, o que dificulta a utilização de transmissões idênticas às dos automóveis. A distância do solo e a alteração do centro de gravidade da motocicleta em curvas são outros fatores limitantes.
Para superar estes desafios, a transmissão de dupla embreagem da VFR 1200F utiliza dois eixos primários e embreagens hidráulicas em linha. As passagens hidráulicas do sistema estão localizadas atrás da tampa do lado direito do motor, originando um eixo de transmissão mais curto.
Ao contrário das transmissões de automóveis, que utilizam seletores independentes para engrenar as marchas, o sistema aplicado na VFR 1200F recorre a um tambor de mudanças típico para motocicletas. Um mecanismo simples e mais compacto.
Essa configuração utiliza embreagens independentes para as mudanças ímpares (1ª, 3ª e 5ª) e para as mudanças pares (2ª, 4ª e 6ª). Para realizar as mudanças, as embreagens trabalham alternadamente. Por exemplo, ao mudar da 1ª para 2ª marcha, o módulo de controle detecta o pedido de engrenar uma mudança mais alta e engrena a 2ª. Em seguida, libera a embreagem da 1ª e engrena a embreagem da 2ª, para realizar mudanças ininterruptas. Esta transição rápida permite realizar mudanças extremamente suaves e eficientes.
Para atender a qualquer condição e situação, a transmissão possui três modos de funcionamento: dois totalmente automáticos (o “D” para uma condução descontraída e econômica, e o “S” para uma pilotagem esportiva) e um modo de seleção manual de seis velocidades, que dá controle total ao piloto por meio de comandos eletrônicos.
No modo automático, todas as mudanças são controladas por um módulo com função inteligente, que avalia constantemente a pilotagem e reconhece os momentos em que se devem engrenar as mudanças de marchas. Com o polegar direito, o condutor escolhe o modo "D" (maior economia) ou o modo "S" (maior esportividade).
Já no modo Manual, o piloto tem total controle sobre as mudanças de marchas, engrenando-as através dos comandos "+" e "–", acionados pelos dedos indicador e polegar esquerdos.
A transmissão é feita por eixo cardã.
O chassi, as suspensões e os componentes de transmissão da VFR1200F estão unidos numa configuração única, que facilita a entrega de potência e contribui com sua estabilidade.
O chassi é do tipo “Diamond” em alumínio é leve e rígido. A balança traseira monoamortecida do tipo Pro-Link contribui para o equilíbrio e a segurança em manobras, além de oferecer grande estabilidade em altas velocidades. Na dianteira, a suspensão é telescópica de 43 mm, com regulagem de pré-carga
A VFR1200F está equipada. Na dianteira o freio é composto por pinças de seis pistões e dois discos de 320 mm. Na traseira, apresenta pistão duplo e disco simples de 276 mm. O sistema é do tipo Combined ABS (C-ABS) que equilibra a frenagem entre a dianteira e a traseira.
O modelo está disponível na versão “Top” (DCT) nas cores vermelha metálica e preta metálica.
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